Em entrevista ao jornal francês L’Equipe, o heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton revelou as possibilidades do seu futuro no automobilismo, contando sobre a sua vontade de seguir atuando como piloto, ainda abordando outros assuntos como uma possível paternidade e a sensação de estar na Ferrari.
Sobre uma possível aposentadoria, Hamilton brincou sobre a idade de Alonso e fez uma “promessa” utilizando o companheiro de profissão como base. “Não pretendo parar tão cedo e gosto muito que Fernando continue, porque isso significa que ele é mais velho do que eu. Sim, vou continuar até ele completar 50 anos” – brincou Hamilton. (Aspas retiradas do GE)
Agora na Ferrari, o britânico fez história na Mercedes e revelou a sensação de estar em uma equipe como a escuderia italiana, comparando a emoção dos fãs com a despertada por times de futebol, por exemplo. Ele ainda ressaltou que “tudo é maior” na equipe, principalmente pela globalização da marca, conhecida em todos os lugares do mundo.
“Eu estava preparado para isso, mas viver essa experiência é diferente. Tudo é ampliado na Ferrari por causa da marca, de tudo o que as pessoas sentem por ela. Onde quer que estejamos no mundo, uma Ferrari em movimento sempre desperta emoção. Não vejo nenhuma outra marca de carro, nenhuma outra marca no mundo que desperte emoção semelhante. Talvez um time de futebol…” – disse Hamilton. (Aspas retiradas do GE)
Uma das perguntas recebidas por Lewis foi em relação a um possível sonho de ter filhos, que segundo o piloto, não é uma de suas prioridades no momento, ainda revelando que admira grandes nomes do esporte, que possuem filhos e seguem com o seu desempenho em alto nível.
“Sigo impressionado em como Roger Federer, Novak Djokovic e outros grandes nomes, tipo, Tom Brady, tenham família e continuem a ter um excelente desempenho. Para mim, não é uma prioridade. Minha prioridade sempre foi meu amor pela Fórmula 1. A F1 é o amor da minha vida. Amo esse trabalho quase mais do que tudo. Minha sobrinha e minha família sempre serão tudo para mim, mas não gosto de fazer as coisas pela metade, eu não daria 100% de mim – não que os outros não deem.” – contou o piloto britânico. (Aspas retiradas do GE).
O heptacampeão da Fórmula 1 não descartou a possibilidade de ter filhos em um futuro, porém destacou que agora não se sente confortável em sacrificar algo, tanto profissional quanto pessoalmente, não se imaginando fora da F1 neste momento, apesar de pensar que seria legal seus filhos o verem pilotando.
“Tenho que ser obstinado, treinar, ser super dedicado, envolvido. E algo precisa ser sacrificado. Não quero estar na posição de escolher: ou sacrifico o esporte para que a família tenha sucesso, ou a família sofre para que eu tenha sucesso na corrida. Mas claro, imaginei na minha cabeça como seria legal ter um dos meus filhos vindo ver a Ferrari, compartilhando esse universo comigo, porque a corrida tem sido a maior parte da minha vida desde que eu era pequeno. Só não consigo me imaginar indo a um circuito e ficando na garagem, mas talvez isso mude.”
