“Valor histórico não é o suficiente”: Presidente da F1 fala sobre possíveis mudanças de circuitos

Durante entrevista ao podcast BSMT, Stefano Domenicali, o presidente da F1, afirmou que nem mesmo circuitos que possuem muita história e tradição estão automaticamente assegurados no calendário da elite do automobilismo.

O dirigente destacou que existem fatores como contrato, questões financeiras, segurança, novos fãs e outros requisitos técnicos, que possuem papel decisivo para que um autódromo possa seguir recebendo etapas do Mundial, que vai muito além da fama ou da história do local no esporte.

“É um elemento que dá história e é importante para aqueles que, como eu, estão acompanhando a Fórmula 1 desde crianças. Mas para os novos fãs que seguem a F1 agora, pode parecer estranho, mas nós temos esses dados porque eles são fundamentais. A habilidade de virar a página, passar pelas notícias e esquecer quem ganhou no ano passado é muito alta. Então para muitos jovens que seguem a Fórmula 1 hoje, correr em Monte Carlo não faz diferença na comparação com Las Vegas para eles. Então, isso não é um elemento fundamental para nós.” – disse Stefano, ao BSMT. (Aspas retiradas do GE)

Utilizando como exemplo o GP do Brasil, em Interlagos, que tem contrato válido para receber a Fórmula 1 até 2030, mas isso não quer dizer que todos os problemas estejam acertados. Para seguir como um circuito válido da competição, precisa manter a sua licença conforme regras e exigências pela FIA e renovar constantemente a infraestrutura, garantindo a segurança operacional da prova e podendo se adaptar às modernidades. Inclusive, existe também uma expectativa de que melhorias sejam realizadas antes de 2030, para que o circuito brasileiro tenha condições ideais de receber o grande prêmio, além de poder abrigar turistas, visitantes e fãs nas proximidades do local.

Recentemente, de acordo com o presidente da F1, alguns locais demonstraram interesse em estar presentes no grid da competição. Tendo isso em vista, deixou bem claro que se os circuitos que possuem uma história no esporte não se atualizarem em questões estruturais, podem perder espaço, já que ele também não tem a ideia de aumentar o número de corridas.

“Apenas para dar a ideia, a história precisa ser apoiada por uma estrutura que olhe para o futuro, que permita investimento em infraestrutura para melhorar, já que os ingressos não são exatamente baratos, para que possamos providenciar serviços para os fãs de todos os níveis. E para permitir aos países que estejam financeiramente presentes em um calendário que eu acho que não vai crescer para além do número (de corridas) que temos hoje.” – completou Stefano. (Aspas retiradas do GE)

Para exemplificar o que disse Stefano, o GP de Ímola apareceu nesta temporada de 2025 pela última vez, já tendo a sua “não renovação” confirmada, junto do circuito de Zandvoort, que acontece na Holanda. De acordo com o GE, a corrida que ocorre em Barcelona, na Espanha, possui acordo válido até o ano que vem, com um novo circuito de rua, com o nome de Madring, está em fases finais de montagem em Madri, se preparando para ser um dos novos circuitos da F1 em breve.

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